quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Calor aumenta chance de câimbras durante exercícios.

Medidas simples ajudam a amenizar o transtorno.

Doloridas e temidas pelos atletas, pois, dependendo da intensidade, elas significam o final de uma competição, as câimbras costumam ser comuns durante a prática de atividade física no verão, principalmente ao ar livre. “Isso acontece porque no calor transpiramos mais e desidratamos facilmente, além de água, neste processo há perda de sais minerais”, informa o fisiologista do esporte Diego Leite de Barros, do Hospital do Coração, em São Paulo.
As câimbras possuem causas multifatoriais, e a desidratação é uma das teorias que explicam o que acontece no organismo. Segundo o especialista, o suor gera perda de água – essencial no funcionamento das fibras musculares. “As funções de contração e relaxamento
precisam de água, sua falta implica em espasmos, o que explicaria as câimbras”, esclarece o especialista.
Durante a transpiração excessiva, também se perde certa quantidade de eletrólitos (sais). A falta deles, explica Barros, pode comprometer o equilíbrio dos fluídos corporais, desencadeando também as dolorosas câimbras. Usualmente essas contrações involuntárias afetam os membros inferiores, mas braços, mãos e pescoço também podem ser acometidos.
Assim como as altas temperaturas, o frio (por deixar a musculatura mais tensa), a compressão das raízes nervosas, a carência de sais minerais na alimentação e uso excessivo de diuréticos que fazem com que as pessoas percam maior quantidade de potássio, também estão por trás do transtorno. Além disso, as câimbras são comuns em gestantes, diabéticos, pacientes com insuficiência renal, entre outros.
Como se prevenir e atenuar a dor
Com a falta de potássio, cálcio ou magnésio na dieta alimentar também podem explicar essas contrações, é importante dar atenção especial à alimentação. “O ideal é seguir um cardápio balanceado dando atenção para a ingestão regular de frutas e verduras, que são alimentos ricos em vitaminas e sais minerais – nutrientes importantes para o funcionamento dos músculos e do organismo em geral”, aconselha o fisiologista do HCor.
A teoria metabólica também é usada para explicar esse tipo de espasmo muscular. Neste caso, as câimbras ocorreriam quando o músculo fica “intoxicado” por metabólitos provenientes da atividade contrátil, como por exemplo, o ácido láctico.
Outras maneiras de prevenção inclui a hidratação, principalmente antes, durante e depois da atividade física. “Quem se exercita de forma intensa e regular pode recorrer aos isotônicos ricos em sais minerais. Para quem pega mais leve, a água já é suficiente para repor a quantidade de líquido perdida “, informa.
E como atenuar o desconforto? “A massagem na área afetada em movimento circulares consegue promover o relaxamento da musculatura, aliviando a dor”, esclarece Barros. Outra dica: quando as câimbras acontecem nas pernas, a pessoa deve ficar em pé e colocar o peso sobre a perna acometida, dobrando o joelho para estirar os músculos. Se não conseguir ficar em pé, deve sentar-se, e esticá-la e puxar os pés para trás com as mãos.
De acordo com o fisiologista, as câimbras não acometem somente os atletas. “Uma contração involuntária desse tipo enquanto a pessoa estiver nadando no mar pode ser perigosa e resultar em afogamento”, alerta o especialista.

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