A bicicleta virou artigo de luxo nas ruas de São Paulo, mas também virou artigo de cobiça dos assaltantes na maior cidade do país. O medo dos ciclistas fez o número de apólices de seguros de bicicletas mais que triplicar no Brasil nos últimos três anos.
Segundo as corretoras, em 2010 eram 350 bicicletas cobertas por seguro. No ano passado, já eram 1,2 mil. O número ainda é pequeno, mas revela a atitude do ciclista diante da insegurança.
Os bandidos costumam roubar no começo da manhã e à noite,
quando tem menos movimento na cidade e mais gente pedalando. Eles chegam com a moto, um na garupa. Ele
rende o ciclista, empurra o ciclista, pega a bicicleta, coloca nas costas, sobe
na moto e vai embora.
No fim de 2013, dois assaltantes de moto roubaram uma
bicicleta na Rodovia dos Imigrantes. A dupla se juntou a mais dois homens que
estavam em outra moto e fugiram.
Os ciclistas que treinam na rua da cidade para competir
estão entre as principais vítimas dos bandidos. Isso porque eles rodam com
bicicletas importadas, geralmente bem mais caras que as nacionais. Uma dessas
bicicletas, vendida em uma loja de São Paulo, custa R$ 32 mil, o preço de carro
zero.
A população de São
Paulo começou a andar mais de bike e ao andar mais de bike começou a investir
em melhores bicicletas, em marcas mais renomadas e produtos mais caros. Isso,
como efeito perverso, acaba gerando um mercado paralelo de peças que faz com que
chame atenção dos criminosos.
De acordo com a Secretaria da Segurança de São Paulo, de
janeiro a novembro do ano passado 151 pessoas foram presas por roubo na região
da Universidade de São Paulo.
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